APUB SINDICATO DOS PROFESSORES DAS INSTITUIÇÕES FEDERAIS DE ENSINO SUPERIOR DA BAHIA

De mãos dadas com a democracia, pela universidade e por direitos

Luiz Carlos Cancellier foi preso e impedido de cumprir jornada de trabalho na universidade - Divulgação UFSC

Precisamos falar sobre a inocência de Cancellier

Na quinta-feira, 06, o Tribunal de Contas da União comunicou à reitoria da Universidade Federal de Santra Catarina (UFSC) a improcedência e arquivamento da representação com denúncias de suposto superfaturamento envolvendo o programa Universidade Aberta do Brasil (UBA).

Essa decisão, após seis da deflagração da operação “Ouvidos Moucos” da Polícia Federal, é importante porque possibilita a reparação póstuma da imagem e memória do ex-reitor da UFSC, Luiz Carlos Cancellier, vítima da arbitrariedade e do abuso de poder, no lastro e molde da Operação Lava-jato.

O professor Cancellier cometeu suicídio, no dia 02 de outubro de 2017, 18 dias após ser preso, coercitivamente, por 36 horas e impedido de retornar à Universidade, sem ter sequer se recusado a prestar quaisquer esclarecimentos ou depoimentos à justiça. À época, a Apub também divulgou notas sobre o caso (relembre aqui).

Anunciar a decisão do TCU também é fundamental para que não esqueçamos, para que não se repita, os horrores sofridos nos últimos anos e suas consequências para o país. Toda a violência alavancada pelo fascismo, inclusive com vítimas fatais; o negacionismo; o desmonte das políticas públicas; os ataques à autonomia Universitária e à liberdade de cátedra e pensamento, e como visto nesse caso, a tentativa de descredibilizar e criminalizar as Universidades, a Educação pública e as professoras e professores.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, anunciou que vai adotar “as providências cabíveis” para apurar possíveis irregularidades na operação.

A defesa da Democracia e da justiça exige memória, coragem e reparação!

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