Colegas,
Como foi amplamente divulgado, a diretoria da APUB está coordenando o processo de escolha dos nossos candidatos a representantes dos docentes no CONSUNI, em substituição aos professores João Augusto Rocha e Joviniano Neto, cujos mandatos estão finalizando. Ao tomarmos conhecimento de que somos as únicas candidatas, decidimos apresentar nossas propostas de forma conjunta como forma de explicitar nossa identidade de propósitos e compromissos nesta tarefa que nos propomos a desenvolver.
Entendemos que esta representação nos aproxima muito mais das demandas e lutas encampadas por nosso Sindicato na defesa da nossa carreira em sua integralidade entre ensino, pesquisa e extensão e das condições de exercício de nosso trabalho, do que na defesa dos interesses da instituição, tão bem assumida pela recente unanimidade de diretores e membros da administração que majoritariamente integram este importante Conselho.
Nos últimos anos, temos voltado nossa atenção muito mais para os ataques perpetrados à nossa carreira pelo MEC e deixado, de certa forma acontecer, seu desmantelamento na prática cotidiana da nossa Instituição. Exemplo marcante foi o resultado do nosso processo estatuinte que, na prática, transformou a UFBA em um grande colégio direcionado preferencialmente para a graduação, manifestada,em especial, através da ampliação da carga horária de sala de aula e do esfacelamento dos centros de pesquisa (NEIM, CEAO, CRH, ISP etc).
Apesar do crescimento da pós-graduação na UFBA e de sua importância no país, nossa administração insiste em estabelecer regras burocráticas que aparentemente funcionam muito bem na graduação mas que travam e dificultam o cotidiano dos colegiados de pós-graduação engessados nas tramas da SGC.
Nossas condições de trabalho vêm, paulatinamente, sendo aviltadas nos obrigando a assumir cotidianamente tarefas e atividades que corresponderiam às atribuições de nossos servidores técnicos-administrativos em detrimento das nossas atividades de ensino, pesquisa e extensão. O que aconteceu na ultima greve dos servidores serviu perfeitamente para mostrar esse quadro na medida em que a administração da UFBA “fez de conta” que não havia uma greve e nós professores – principalmente coordenadores de cursos, chefes de colegiados etc. – , na ânsia de fazer funcionar nossos cursos, também “fizemos de conta” que não estávamos, na prática, solapando a greve dessa categoria que nos é tão próxima.
Entendemos ainda que não é suficiente colocar no nosso estatuto a nobre diretriz de “promover a equidade na sociedade, combatendo todas as formas de intolerância e discriminação decorrentes de diferenças sociais, raciais, étnicas, religiosas, de gênero e de orientação sexual (Art. 2º VII), se, na prática, criamos todas as barreiras possíveis para impedir estes avanços na política institucional da UFBA de forma a implementar uma educação não sexista, não racista, não homofóbica e não lesbofóbica.
Nesse sentido, nos propomos a ser a voz e o voto dos/as docentes no CONSUNI, defendendo seus interesses, promovendo o diálogo com a sociedade civil em torno das demandas históricas de democratização do acesso com excelência acadêmica, de forma que a indissociabilidade do ensino, da pesquisa e da extensão possa ser a via privilegiada de contribuição da UFBA em um desenvolvimento regional norteado por princípios de equidade e respeito às diversidades.
QUEM SOMOS NÓS:
TITULARES
Ana Alice Alcantara Costa Mestrado e Doutorado em Sociologia Política pela Universidad Nacional Autônoma de México, Pos-doutorado em Estudos Feministas na Universidad Autônoma de Madrid, professora Associada do Depto. de Ciência Política da FFCH, pesquisadora fundadora do NEIM, atualmente coordenando o Programa de Pós-Graduação em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismo (PPGNEIM/UFBA). Pesquisadora (bolsista) do Research Programme Consortium – RPC – Pathways of Women’s Empowerment, financiado pelo Department for International Development – DFID da Grã- Bretanha (2008-2011). Foi Vice-Presidente da APUB no biênio 1987 a 1989, tendo Integrado, por várias ocasiões, os comandos de greve (local e nacional) da categoria. Feminista militante, tem participado intensamente das lutas das mulheres brasileiras pela transformação da condição feminina.
Iole Macedo Vanin – Feminista. Historiadora, doutora em História (UFBA), professora Adjunta do Departamento de Ciência Política/FFCH, atuando no Bacharelado Estudos de Gênero e Diversidade, e do Programa de Pós-Graduação em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismo (PPGNEIM/UFBA). Pesquisadora permanente do Núcleo de Estudos Interdisciplinares da Mulher-NEIM/UFBA onde tem coordenado diversos programas de formação de professores com apoio financeiro do MEC.
SUPLENTES
Márcia dos Santos Macêdo – Socióloga, doutora em Ciências Sociais (UFBA), professora Adjunta do Departamento de Ciência Política/FFCH e do Programa de Pós-Graduação em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismo (PPGNEIM/UFBa) e coordenadora do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher/NEIM-UFBA. Foi integrante do Consórcio do Programa de Pesquisas (Research Programme Consortium – RPC) sobre o Empoderamento das Mulheres (Pathways of Women’s Empowerment), financiado pelo Department for International Development – DFID da Grã- Bretanha (2008-2011).
Rosangela Araújo (Janja) Graduada em Historia pela UFBA, possui Mestrado e Doutorado em Educação pela Universidade de São Paulo/USP. Professora Adjunta da Faced/UFBA., vinculada aos seguintes grupos de pesquisa: Discriminação, Preconceito e Estigma: minorias étnicas e religiosas, culturas e educação (USP); A Cor da Bahia Programa de Pesquisa e Formação em Relações Raciais, Cultura e Identidade Negra na Bahia (UFBA) e Rede Cooperativa de Pesquisa e Intervenção em (In)formação, Currículo e Trabalho/Redpect (UFBA). Também desenvolve pesquisas sobre Ações Afirmativas em Educação e Cultura Afro-Brasileira com foco nos estudos sobre capoeira e religiões de matrizes africanas.