APUB SINDICATO DOS PROFESSORES DAS INSTITUIÇÕES FEDERAIS DE ENSINO SUPERIOR DA BAHIA

De mãos dadas com a democracia, pela universidade e por direitos

Assembleia Apub aprova dia de paralisação, em 26 de setembro, e atividades de formação sobre riscos do “Future-se”

A Apub realizou na tarde do dia 05 de setembro, em sua sede, uma Assembleia Geral para avaliar as últimas mobilizações, incluindo o 13 de agosto e o “Universidade na Praça”, e apontar os próximos passos do movimento docente num contexto de asfixia financeira das Universidades Públicas e da ameaça do projeto “Future-se”. Reafirmado o posicionamento contrário ao projeto, já aprovado em Assembleia anterior, a plenária debateu algumas estratégias de enfrentamento e como ampliar a mobilização da base, para a qual o evento “Universidade na Praça” foi considerado um exemplo positivo. Considerando ainda a necessidade de fortalecer a articulação de todos os setores da comunidade universitária, foi aprovado um dia de paralisação, em 26 de setembro, no qual será realizada uma Plenária conjunta entre Apub, Assufba, DCE/UFBA e os sindicatos representativos dos/as trabalhadores/as terceirizados/as da instituição. Ainda, diante da persistência de dúvidas na base a respeito da natureza do “Future-se” e suas reais consequências e ameaças, foi aprovada a realização de um Seminário de Formação, que acontecerá na quinta-feira, 12 de setembro, na sede da Apub, e também um “Dia de Aula” sobre o projeto, em data ainda a ser definida.

A Assembleia teve a participação do SINDVIGILANTES, representado pelo presidente José Boaventura, que falou sobre a disposição da categoria em contribuir com a discussão sobre o funcionamento da Universidade, para que os/as trabalhadores/as se vejam como sujeitos ativos no processo de mobilização e entendam seu papel como trabalhadores/as da educação, que de fato são. Ainda em relação a este ponto, a professora Sandra Marinho (Faced), falou sobre as plenárias e as edições do bazar de solidariedade aos trabalhadores e trabalhadoras terceirizados/as que têm sido realizadas na unidade; disse ainda ser necessário não isolar o/a trabalhador/a terceirizado/a da vida política da Universidade.

Sobre o evento “Universidade na Praça”, a presidenta Raquel Nery, que coordenou a mesa ao lado da diretora Marta Lícia de Jesus, destacou que tratou-se um atividade sindical importante, pois aponta para uma forma diferente de atuação política. Já Marta Lícia, ponderou sobre os vários atos de rua que aconteceram a partir de maio, destacando as dificuldades de mobilização no período de recesso, com a universidade mais esvaziada, apesar do empenho da Comissão de Mobilização. Ela colocou o “Universidade na Praça” como uma continuidade desses processos, ressaltando a visibilidade deste ato político em defesa da UFBA, mas apontando também a necessidade de pensar em mais formas criativas de mobilização. A professora Fernanda Almeida (Creche/UFBA) sugeriu a realização de novas edições do evento, de forma itinerante, em bairros da periferia de Salvador.

Também pensando como encaminhar as atividades de mobilização, o professor Rodrigo Pereira (Faced) propôs a realização de uma Assembleia dos três setores; o vice-presidente da Apub, professor Emanuel Lins, propôs o Seminário Formativo sobre o “Future-se” e um “Dia de Aula” no qual os professores pudessem falar sobre o assunto em suas unidades, a partir de materiais informativos produzidos pelo sindicato. O professor Maurício Brito (FFCH) fez um adendo à proposta, para que durante o seminário se discuta a construção de um ciclo permanente de debates. O diretor Jailson Alves sugeriu a produção de uma cartilha voltada para estudantes da educação básica; ações junto a estes estudantes, em articulação com secretaria de Educação, também foram propostas pelo professor Daniel Peres (FFCH/Conselho de Representantes Apub). A partir do relato de uma reunião com DCE/UFBA e Assufba, a presidenta Raquel Nery apontou a data de 26 de setembro como dia de paralisação para realização de Plenária conjunta.

Ainda, foi incluído na Assembleia um ponto de pauta solicitado pela professora Uilma Matos (Faced) que notificou o fim do seu mandato na Comissão Própria de Avaliação – CPA da UFBA. A plenária confirmou a substituição da professora Uilma pelas professoras Sílvia Leite (titular) e Livia Angeli (suplente).

Ao final, o professor Remi Castioni (UnB), na cidade para o Encontro Nacional da Associação Brasileira de Estudos do Trabalho – ABET, fez uma fala sobre as movimentações em Brasília a respeito do “Future-se” e da pauta da educação, lembrando que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, instituiu uma Comissão pra tratar de questões específicas da educação superior e as possibilidades de flexibilização da Emenda 95 do Teto de Gastos.

Encaminhamentos

A Assembleia definiu que o movimento docente permanece em Estado Permanente de Mobilização e encaminhou as seguintes ações:

  • Paralisação da categoria docente no dia 26/09,  realização de plenária com o DCE a Apub e a Assufba e participação no Fórum que esta sendo proposto pelo DCE para discutir os cortes das bolsas;
  • Realização de um ciclo permanente de formação política, a ser iniciado com um seminário na quinta-feira, 12/09, na Apub, tendo como objetivo refletir e propor formas de enfrentamento aos ataques do governo Bolsonaro, a defesa da universidade pública e gratuita e a expansão na base das razões que fizeram com que o movimento docente da Apub se posiciona contra o “Future-se”;
  • Indicação de um dia de aula sobre o porquê somos contra o “Future-se”, após a construção de um material explicativo que ajude os docentes a discutir a situação da universidade pública e da UFBA em particular;
  • Intensificação do diálogo com os sindicatos que representam os agentes de portaria, os auxiliares de serviços gerais e os vigilantes e construção de ações conjuntas;
  • Realização de outra edição da ação política “Universidade na Praça” em bairros periféricos
  • Proposição de ações com a secretaria de educação do Estado, tendo em vista a necessidade de envolver no debate sobre a situação das universidades públicas as escolas públicas e particulares da educação básica.
  • Estudo de formas de mobilização/denúncia a serem realizadas em praças públicas, se houver suspensão de atividades de sala de aula devido os cortes/bloqueios das verbas da universidade.



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