APUB SINDICATO DOS PROFESSORES DAS INSTITUIÇÕES FEDERAIS DE ENSINO SUPERIOR DA BAHIA

De mãos dadas com a democracia, pela universidade e por direitos

PROIFES-Federação participa do IV Encontro do Movimento Pedagógico Latino-Americano, em Belo Horizonte

“Democracia e Resistência: A Educação Pública em Luta” é o mote do IV Encontro do Movimento Pedagógico Latino-Americano, que começou na quarta-feira, 15, e se encerrou nesta sexta-feira, 17, no Centro de Convenções do Actuall Hotel, em Belo Horizonte. Cerca de 750 dirigentes sindicais de 21 países da América Latina, Estados Unidos, Espanha, Suécia, Noruega, França e Bélgica, além dos representantes das 50 entidades filiadas à Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) participaram do evento.

O Encontro analisou o contexto atual da educação pública e a Pedagogia na América Latina para definir as lutas do movimento sindical neste segmento. O panorama da privatização e mercantilização da educação, as políticas neoliberais, a gestão democrática e a participação social, além das novas tendências educativas e os direitos trabalhistas são alguns dos temas debatidos pelos participantes.

O PROIFES-Federação participou do evento com uma delegação representativa de diretores, com seu vice-presidente, Flávio Silva (ADUFG-Sindicato), o tesoureiro Nilton Brandão (SINDIEDUTEC-PR), a secretária Luciene Fernandes (APUB Sindicato) e o diretor de relações internacionais Gil Vicente (ADUFSCar), e representantes diferentes sindicatos federados: Nildo Manoel da Silva Ribeiro, Ana Clara de Rebouças Carvalho e Fernanda Almeida, da APUB Sindicato, Liliane Madruga Prestes, da ADUFRGS-Sindical, Matilde Alzeni dos Santos, da ADUFSCar, Otávio Bezerra Sampaio, do SINDIEDUTEC, e Geovana Reis (ADUFG Sindicato).

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Na mesa de abertura, Flávio Silva destacou o momento de união de todos os esforços para combater a privatização e mercantilização do ensino no Brasil e no mundo. “Este evento é uma oportunidade de compartilhar experiências de mobilização na América Latina, unir esforços pela educação superior pública e gratuita e contra a privatização do ensino”, afirmou Silva.

O vice-presidente do PROIFES-Federação também citou o caso do Brasil, em que o governo retira recursos da universidade e de investimentos em ciência e tecnologia, e promove ataques aos servidores e servidoras públicos federais. “O PROIFES considera inaceitáveis os ataques à universidade e aos servidores, e juntamente com a Internacional de Educação, CNTE, Contee, e outros parceiros, vem debatendo e traçando propostas para evitar o crescimento da privatização e mercantilização do ensino no Brasil e no continente”.

Declaração de Belo Horizonte

Os participantes do IV Encontro aprovaram nesta sexta-feira, 17, a Declaração de Belo Horizonte, que vai indicar o rumo das políticas das organizações sindicais dos países da América Latina e teve como destaque a convocação de uma jornada de luta latino-americano para enfrentar a privatização e a mercantilização da educação.

O documento final reafirmou que o Movimento Pedagógico Latino-Americano assume o desafio de construir coletivamente os fundamentos de uma proposta de educação enraizada na cultura e na tradição política da educação como ferramenta para atender os setores populares.

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O evento é organizado pela IEAL (Internacional da Educação para a América Latina), em conjunto com a CNTE e o apoio da Larärforbundet, da Suecia, e da Utdanningsforbundet, da Noruega.

Durante o evento também foi realizada a XI Conferência Regional da IEAL, e nos dias 13 e 14, o encontro da RED de Trabajadoras de la Educación de la IEAL, que ampliou a discussão sobre a igualdade de gênero nos sindicatos, que contou a participação da secretária do PROIFES, Luciene Fernandes.

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“O evento contou com a participação de mulheres de toda América latina e, entre os temas, houve o debate da conjuntura política e sua importância para a discussão sobre gênero em momento de grandes retrocessos, perdas de direitos e aumento do autoritarismo”, detalhou Luciene, acrescentado que também foi abordada “a importância da transversalidade da discussão de gênero com temas como LGBTI, pois não lutamos por um modelo de mulher única, mais sim lutamos pela igualdade e respeito por todos e todas”, concluiu a presidente da APUB Sindicato.

Fonte: PROIFES-Federação, com informações CNTE

Fotos: CNTE

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